O baixo crescimento de 0,1% do PIB brasileiro em 2014 refletiu os fracos desempenhos dos setores Agropecuário (0,4%) e de Serviços (0,7%), mas, sobretudo, refletiu a crise da Indústria de Transformação (–3,8%) e o fim do ciclo de forte expansão da Construção observado no período 2007-2011 – no ano passado o valor agregado da Construção caiu 2,6%.
Os resultados adversos da Indústria de Transformação começaram a aparecer de modo mais claro em 2009, ano em que os efeitos mais agudos da crise financeira global se fizeram presentes, e persistem até hoje. Os números de 2014 do IBGE indicam que a crise da Indústria de Transformação se alastrou para o setor de Serviços, particularmente para um de seus principais subsetores, o Comércio, cujo valor agregado recuou 1,8% no ano passado.
Para este ano, a situação deve ser de maior retração ainda, como já afirmou o ministro da Fazenda Joaquim Levy.
O BNDES, por exemplo, reduziu sua previsão de investimento para o setor de óleo e gás em 30%, devido à crise na Petrobrás. A redução foi calculada com base em informação da empresa sobre a diminuição de seus investimentos.
No ano passado, o BNDES liberou para o setor de óleo e gás R$ 6,81 bilhões. Deste total, R$ 1,56 bilhão foram para o segmento de gás natural.