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“Oportunistas querem a Previdência e o Pré-sal”, diz Munhoz

Data da publicação: 25/11/2015
Autor(es): Rogerio Lessa

Na segunda parte de sua entrevista ao AEPET Direto, o economista Dércio Garcia Munhoz, ex-presidente do Conselho Federal de Economia (Cofecon) afirma que no Brasil há dois alvos preferenciais dos entreguistas e oportunistas: a Previdência e o Pré-sal. “Estudos dizem que há déficit na Previdência, quando houve superávit de R$ 25 bilhões em 2014”, afirma Munhoz, ponderando que não se pode classificar as aposentadorias rurais ou a dos servidores públicos como deficitárias, pois não há contribuição nem do empregado nem do empregador. “Não são um sistemas de previdência”, completa.

Quanto ao pré-sal, o economista lembra Carajás, cujas reservas só foram efetivamente exploradas quando passaram às mãos da então estatal Vale do Rio Doce. “Em Carajás, armaram em esquema para estrangeiros ficarem com as jazidas já conhecidas desde o tempo do ex-presidente Jânio Quadros. Quando veio o golpe militar, Roberto Campos (ministro da Fazenda da ditadura) mudou a lei de minas determinando que quem ‘descobrisse’ reservas seria o dono (como fez FHC em sua lei do petróleo). Mas essas reservas já eram conhecidas”. Mesmo assim, Munhoz lembra que as empresas estrangeiras não exploravam as minas, esperando a recuperação do preço internacional.