Cerca de 150 aposentados e pensionistas da Petrobrás decidiram, no anoitecer da última quarta-feira, desocupar o saguão do Edifício Sede da Petrobrás (Edise), na Avenida Chile, Centro do Rio, onde onde fizeram vigília contra a discriminação salarial.
De acordo com o coordenador do movimento dos aposentados, o petroleiro Roberto Ribeiro, foi aceita a proposta da Petrobrás de, mediante a retirada dos aposentados de dentro do prédio, garantir que o diretor Coorporativo e de Serviços da Petrobrás, José Eduardo Dutra, receba o grupo no próximo 07/10. Na pauta de negociação, a cobrança de cumprimento de uma cláusula do Acordo Trabalhista que tem sido desrespeitada que prevê remuneração dos aposentados e pensionistas em valor mínimo de 90% do salário dos petroleiros ativos.
No segundo dia de ocupação da Petrobrás, a estatal intensificou o esquema de segurança, nesta quarta-feira (01/10), e impediu a entrada de jornalistas para a cobertura do protesto. Equipes de TV tiveram o acesso ao interior do prédio negado. E nem mesmo as jornalistas da Agência Petroleira de Notícias (APN) tiveram acesso ao local. A presidente da empresa, Graça Foster, não recebeu o grupo.
Aos manifestantes, com idade média acima de 65 anos, também foi negado o direito ao acesso a colchões, cobertores e kits de higiene. A maioria dormiu sobre o cimento frio do piso do saguão que ocupam desde às 10h desta terça-feira (30/9). Nesta manhã (01/10), o grupo pediu ajuda a entidades de direitos humanos para denunciar a situação, que viola o Estatuto do Idoso.