A ANP aprovou a participação de 37 empresas na 13a Rodada de Licitações. Seriam 39, se a Agência não tivesse excluído a Cepsa Óleo & Gás do Brasil Ltda e a Okada Serviços de Geociências por não cumprirem todos os requisitos previstos no edital. Embora as áreas a serem leiloadas estejam localizadas no pós-sal, o conselheiro da AEPET Ricardo Maranhão alerta que alguns campos estão muito próximos de jazidas já descobertas na camada pós-sal.
“A indústria do petróleo no Brasil é a caçula no mundo. Está mais do que provado que podem ser localizadas no país jazidas compatíveis com Oriente Médio, México ou Nigéria”, disse Maranhão, lembrando que o Brasil já possui 40 bilhões de barris em reservas comprovadas. “Colocaram nessa jazida do pós-sal 10 blocos na Bacia de Sergipe e Alagoas a preço baixo e próximos de algumas áreas onde a Petrobrás já comprovou a existência de petróleo em grande quantidade. Estima-se que a região tenha no mínimo 2 a 4 bilhões de barris”.
Para o conselheiro da AEPET, que foi deputado federal, mais grave é o fato de a Petrobrás ter divulgado nota informando que, devido a “dificuldades financeiras”, adiou o desenvolvimento dessas áreas. “O Brasil já possui grandes jazidas no pré-sal e pode haver em outras áreas, pois é um país ainda pouco explorado. Essas empresas acertadamente pensam a médio e longo prazo, sabem que os atuais preços não vão se manter indefinidamente num horizonte de cinco a dez anos”, frisou, lembrando que a economia capitalista alterna ciclos de retração e de expansão.