Notícia

Regime de partilha cada vez mais ameaçado

Data da publicação: 20/08/2015
Autor(es): Rogerio Lessa

Não bastasse a declaração do economista Roberto Castello Branco, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que agora é integrante do Conselho de Administração da Petrobrás, dando conta de que considera o regime de partilha da produção de petróleo “nocivo à Petrobrás e ao Brasil”, o assessor da presidência da Petrobrás para Conteúdo Local, Paulo Alonso, concedeu entrevista ao site Petronotícias admitindo que a Companhia passará a exigir “mais competitividade” dos fornecedores, em detrimento da política de conteúdo local.

Segundo Alonso, com as novas metas firmadas para os próximos anos, a Petrobrás vem buscando alternativas de investimento que priorizem a obtenção de recursos e a redução de gastos em suas atividades. “Na prática, a estatal aumenta os desafios para o desenvolvimento do setor naval e tenta se isentar de uma decisão que ela já sabe qual é: enviar para o exterior tudo o que poderia ser feito no Brasil, sob o argumento de que os nossos estaleiros não estão competitivos”, diz a reportagem.

“As afretadoras vão querer contratar no país se os estaleiros brasileiros conseguirem dar uma resposta à altura. Eles têm tempo pela frente para se preparar, porque ainda falta um tempo para chegarem essas contratações”, argumentou Alonso, mas a reportagem destaca que, “melhor do que ninguém, Alonso, como assessor e conselheiro do Presidente Bendine para conteúdo local, sabe que os estaleiros, sem apoio da estatal, não vão conseguir dar resposta às metas que as empresas contratantes estabelecerem”.

FONTE: Petronotícias