Shell e Total que, juntas detêm, 40% do consórcio que arrematou o Campo de Libra, em 2013, anunciaram ampliação em seus planos de desinvestimento – venda de ativos – para fazer frente às necessidades financeiras para a exploração do maior campo do pré-sal. A informação é do jornal Brasil Econômico.
A anglo-holandesa Shell, que nos últimos dois anos teria arrecadado entre US$ 10 bilhões e US$ 15 bilhões, com a venda de ativos, pretende alcançar outros US$ 10 bilhões até 2017. Aqui, no Brasil, a empresa vendeu 20% da província petroleira Parque dos Doces, na Bacia do Espírito Santo, à tailandesa PTTEP. Em janeiro, a Shell já vendera à Qatar Petroleum 23% do Parque das Conchas, na Bacia de Campos, por US$ 1 bilhão.
Já a francesa Total anunciou um programa adicional de desinvestimento da ordem de US$ 10 bilhões, com o objetivo de enfrentar o crescimento de custos no setor de petróleo, focando os investimentos em projetos mais rentáveis.
O presidente da AEPET, Silvio Sinedino, não quis opinar sobre a estratégia financeira das duas petroleiras européias. Entretanto, mantém sua crítica à forma e ritmo com que a Petrobrás tem levado adiante a venda de passivos. “Insistimos que a licitação é a forma mais transparente para a realização destas operações”, afirma Sinedino.