Voto

Justificação de voto da AEPET – AGE 28/04/2016

Data da publicação: 28/04/2016

A AEPET, como acionista minoritária, não aprova as Demonstrações Contábeis de 2015 pelos seguintes motivos, entre outros: a Diretoria da Petrobrás realizou uma baixa contábil difícil de entender, pois o lucro bruto da Companhia foi de R$ 98,5 bilhões; o EBITDA foi de R$ 74 bilhões e o Lucro Liquido, R$ 15 bilhões. Pois bem, com essa baixa contábil, de R$ 49,75 bilhões, a Diretoria conseguiu gerar um rombo “virtual” na empresa de R$ 34,84 bilhões, o maior da sua história! Nem o famigerado Mercado entendeu. O mais grave é que se deu a munição que os entreguistas (da grande mídia e do Congresso Nacional) precisavam para justificar a retirada da Petrobrás de operadora única e disponibilizar o pré-sal para o cartel internacional do petróleo.

Em recente palestra que fizemos em audiência pública na Câmara dos Deputados, o argumento dos entreguistas era recorrente: “A Petrobrás está quebrada. Como uma empresa com um rombo de R$ 34,84 bilhões por ano pode desenvolver o pré-sal?” É importante lembrar que a maior petroleira do mundo, a Exxon, não fez baixa contábil por considerar que este preço atual do petróleo é temporário. Resulta de manobra dos EUA e Arábia Saudita de enfraquecer a Rússia e os BRICS – como fizeram com a União Soviética na década de 90.

Olhando a curva de variação dos preços do petróleo, desde a década de 1940, vemos que a tendência é de subida e não de queda desses preços. A baixa contábil da Petrobrás foi maior em mais de 50% do que a da segunda colocada, a Shell, que teve perdas significativas e reais com o fracasso do seu petróleo não convencional.


Downloads disponíveis: