Segundo matéria de capa do jornal Brasil Econômico desta quinta-feira (04), a aprovação, pelo Senado, do aumento da mistura de biocombustíveis na gasolina e no diesel vendidos no país proporcionará uma economia de até US$ 785,8 milhões por ano para a Petrobrás em importações do derivado de petróleo. “A empresa deve ganhar ainda com a adição de 7% de biodiesel ao diesel”, diz a matéria. No total, a economia da empresa chegaria a US$ 1,7 bilhões.
A meta da Companhia é elevar a produção de petróleo em 7,5% este ano, o que também ajudará a reduzir importações. “Estamos entusiasmados com o presente e completamente crédulos com o futuro próximo”, garantiu a presidente da Petrobrás, Graça Foster, lembrando que é o sétimo mês consecutivo de aumento na produção.
Mas nem tudo são flores. Antes de ser sancionado pela presidente Dilma Rousseff, o aumento da mistura de etanol na gasolina depende de testes dos efeitos sobre os motores, que estão sendo feitos no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobrás (Cenpes), em trabalho coordenado com o Ministério de Minas e Energia (MME), além de ministérios e entidades envolvidas.
Na opinião do ex-deputado federal Ricardo Maranhão, que é conselheiro da AEPET, o governo está correto em avaliar possíveis problemas causados aos motores, sobretudo aqueles fabricados até 2008, que ainda não pertenciam à “geração flex”.
Maranhão, no entanto, aponta algumas vantagens, entre elas a possível melhora na competitividade do álcool, que é combustível renovável e estrategicamente importante para o país.
“Se não prejudicar os veículos será uma medida positiva. O setor sucroalcooleiro tem dívidas que ultrapassam R$ 60 bilhões, enquanto a Petrobrás diminuiria suas perdas com as importações de gasolina”, opina, ponderando que maiores encomendas de álcool podem refletir positivamente na produtividade e gerar ganhos de escala para o setor.
FONTE: Brasil Econômico