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Escândalo traz fôlego novo à campanha O Petróleo tem que ser nosso

Data da publicação: 18/11/2014
Autor(es): Alex Prado

Mantenedores da campanha “O petróleo tem que ser nosso” – entre eles a AEPET – reuniram-se nesta segunda-feira (17) , no auditório do Sindipetro-RJ para discutir os rumos da campanha, diante da crise instalada na Petrobrás, resultado das investigações da operação Lava Jato e das sindicâncias internas. Ficou definido que deve ser intensificada a defesa do corpo técnico e da empresa, exigindo o saneamento total da Petrobrás, com a expulsão dos corruptos e dos corruptores. É hora de manter a cabeça erguida e avançar nas propostas da campanha.

O vice-presidente da AEPET, Fernando Siqueira, juntamente com o conselheiro do Clube de Engenharia Paulo Metri ainda apresentaram à plenária um conjunto de sete propostas, que foram bem aceitas, mas a definição dos rumos da campanha será tomada em nova reunião, agendada para o dia 24 com um público mais ampliado.

As propostas apresentadas pelo vice-presidente da AEPET mantêm a coerência do discurso que a Associação defende desde sua criação.

– Convencer uma maioria parlamentar para aplicar um percentual de 80% do óleo-lucro para o governo, valor que é a média que recebem os países produtores, como Noruega e Angola;

– Reduzir a terceirização de serviços na Petrobrás, que hoje já alcança 360 mil trabalhadores, foco constante de nepotismo e corrupção, com contratações duvidosas;

– Não exportar petróleo bruto, mas derivados produzidos internamente;

– Fim das nomeações políticas, com avanço da meritocracia;

– Contrato de gestão entre o Governo e a Diretoria da Petrobrás, estipulando metas trienais;

– Incentivar as empresas genuinamente nacionais, garantindo a elas acesso à tecnologia e prioridade de contratação; e

– Não utilizar a Petrobrás como instrumento da política monetária.