Relatório divulgado nesta terça-feira pela Agência de Informações de Energia (EIA) dos Estados Unidos aponta que, com a exploração do pré-sal, o Brasil terá a maior taxa de crescimento na produção de petróleo nas próximas décadas. Segundo a Agência, o volume extraído no país será de 4,5 milhões de barris/dia, o que significa um aumento de 119% comparado à produção atual. Defensora dos interesses das grandes petroleiras, a EIA, entretanto, ressalva que a legislação brasileira sobre petróleo e a política de conteúdo local podem interferir neste cenário.
“Está claro que serão necessárias condições favoráveis para atrair o investimento estrangeiro de companhias com tecnologia que pode ajudar a desenvolver os recursos”, diz trecho do relatório. Segundo o jornal Brasil Econômico a avaliação “corrobora reclamações de companhias privadas com interesses no Brasil, que reclamam para si o direito de operar projetos na maior província petrolífera descoberta recentemente no mundo”.
O relatório da EIA também aponta que quase a totalidade do crescimento líquido da produção fora da Opep se dará em apenas 5 países: Canadá, Brasil, Estados Unidos, Casaquistão e Rússia. E o estudo projeta queda nos preços, devido à grande produção. Para a Agência a cotação do Brent recuará para US$ 92, em 2017, para depois subir consistentemente até US$ 141 por barril, em 2040, abaixo do projetado anteriormente, de US$ 165,00.