Notícia

Agenda Internacional da Semana – 22/09/2014

Data da publicação: 22/09/2014
Autor(es): Flávio Aguiar

Nova Zelândia

Primeiro ministro conservador John Key foi reeleito com maioria no Parlamento, coisa que não acontecia há 20 anos. Seu Partido Nacional obteve 61 cadeiras no Parlamento, contra 60 dos outros partidos. O Partido Trabalhista ficou com 32 assentos, o Verde com 13, o chamado “Primeiro Partido, com 11, o Maori, dos nativos, com 2 e outras duas cadeiras ficaram com dois partidos menores. De orientação neoliberal, Key parte para seu terceiro mandato consecutivo. Sua iniciativa mais espetacular agora é a de propor um plebiscito para retirar da bandeira neozelandesa o símbolo da bandeira inglesa que aparece no canto esquerdo.

Mudança climática

No fim de semana, 2700 passeatas no mundo inteiro pediram que a mudança climática figure como tópico no. 1 da agenda internacional. A partir de 3ª. feira a ONU realiza uma conferência de cúpula sobre o tema em Nova Iorque. Na pauta, a tradicional resistência dos países mais industrializados em assumir maiores responsabilidades sobre a questão.

Turquia e ISIS

Aumenta dramaticamente o número de refugiados curdos no país. O ISIS controla 60 cidades na fronteira. A Turquia abriu suas fronteiras. As estimativads vão de 45 a 60 mil refugiados que procuraram a Turquia. O ex-1º. ministro Tony Blair deu uma declaração dizendo que os bombardeios aéreos não serão suficientes para deter e derrotar ISIS, sendo necessária a presença de tropas terrestres dos países do Ocidente.

EUA e Irã

Durante o fim de semana começou mais uma rodada de reuniões entre representantes do Irã e os seis países que negociam sobre seu programa nuclear: EUA, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e Rússia. Na segunda-feira, 22, John Kerry se reune com ministro de Relações Exteriores do Irã, Javad Zarif, em Nova Iorque, pela primeira vez em várias semanas. O novo prazo para chegar a um acordo é novembro.

G20

Na Austrália se realiza um encontro do G20 (ministros da área financeira presidentes de bancos centrais). Na pauta, o projeto de injetar um trilhão de dólares nas economias do mundo para criação de empregos. A Alemanha critica a proposta. O ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schäuble, e o presidente do Banco Central Alemão, Jens Weidman, criticaram a proposta, dizendo que ela foge à necessária contenção de despesas públicas no mundo inteiro. Jens Weidman também se declarou muito insatisfeito com as recentes decisões antirrecessivas do Banco Central Europeu, que restringiu os depósitos compulsórios para aumentar o crédito.

França e Alemanha

Manuel Valls, 1o ministro francês, está em visita de dois dias à Alemanha para contatos com o governo e empresários. Ele é alvo de críticas por parte do establishment financeito e da mídia ortodoxa alemã por não seguir ao pé da letra a receita recessiva apregoada por Berlim.

Yemen

Novo fator de desequilíbrio surgiu no Oriente Médio: rebeldes “hutis” tomaram parte da capital do Yemen e forçam a queda do gabinete. Os rebeldes ocuparam inclusive as sedes do Banco Central e do Ministério das Finanças. O presidente Abdul Mansur Hadi vai tentar formar um novo governo que os inclua.

FONTE: Carta Maior