Notícia

Armas nucleares

Data da publicação: 05/07/2010

Realizado a cada cinco anos na sede ONU, em Nova Iorque, o Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares (TNP) se reuniu no último dia 3 de maio de 2010. A tentativa de diminuir o arsenal atômico mundial não foi tornada realidade neste encontro do TNP com os EUA sob a direção de Barack Obama. Embora o presidente dos EUA tenha se decidido em fóruns internacionais, juntamente com a Rússia, diminuir em 30% o número de ogivas atômicas das duas potências militares.

Na Cúpula de Segurança Nuclear, que reuniu 50 países de todo o planeta, tentou um acordo para a não proliferação de armas nucleares, mas a mais importante medida dos EUA foi tentar convencer a Rússia e a China de apoiar uma resolução contra o Irã que não foi adiante. Uma das dificuldades dos EUA é a posição assumida por uma série de países emergentes, que além de negociar uma solução pacífica para a questão iraniana, também defende o fim das armas atômicas no Oriente Médio. Desde 1995 esta resolução foi aprovada, mas até o momento não foi colocada em prática.

O Brasil tem uma posição em que defende o desenvolvimento para fins pacíficos da tecnologia nuclear e que aconteça um esforço mundial para reduzir o arsenal nuclear com um cronograma realista e preciso para que o planeta fique resguardado de um conflito que poderia destruir a vida sobre a terra em pouco tempo. O discurso do presidente dos EUA parece sincero, mas o poder da indústria militar norte-americana tem uma enorme força de pressão sobre Obama que fica refém dos fabricantes de armamentos.

Fonte: Revista Retrato do Brasil, edição 35 – junho de 2010.