Notícia

Destaques internacionais – 24/08/2015

Data da publicação: 24/08/2015
Autor(es): Flávio Aguiar

A segunda-feira abriu com as noticias de quedas vertiginosas nas bolsas de valores asiáticas, a começar pelas da China (Xangai e Hong Kong), estendendo-se ao Japão e depois à Austrália, na Oceania. Segundo analistas, a causa primeira da queda foi um processo chamado, em inglês, de “panic selloff”, “vendas em pânico”, devido à queda na economia chinesa com a desvalorização de sua moeda para fazer frente a uma diminuição nas exportações da ordem de 8,3% em julho. A crise passou por Taiwan e desembarcou nas bolsas europeias. Segundo estimativas do jornal britânico Daily Telegraph as 300 maiores companhias do continente enfrentaram perdas nos valores de suas ações da ordem de 230 bilhões de euros na segunda pela manhã. A crise também chegou aos Estados Unidos ainda na segunda.

Imigrantes

Depois de tentarem reprimir a entrada de milhares de imigrantes/refugiados, vindos sobretudo da Síria e do Iraque, as autoridades da Macedônia permitiram seu ingresso no país e o acesso a trens que se dirigem para a Sérvia. Dali os imigrantes tentarão passar a fronteira húngara em direção à Europa central. Estes imigrantes chagaram à Grécia, mas sem opção de trabalho ali, decidiram seguir adiante. Na Alemanha, grupos neonazis enfrentaram a policia na cidade de Heidenau, perto de Dresden, tentando destruir centros para refugiados. 31 policiais ficaram feridos. Os manifestantes entoavam canções nazis e gritavam “Wir sind das Volk”, “nós somos o povo”, slogan cantado durante a queda do muro de Berlim e agora apropriado pela extrema-direita. Pesquisas mostram, no entanto, que 58% dos alemães favorecem a entrada dos imigrantes, que neste ano o governo estima em 800 mil. Na Suécia, atentados violentos em pelo menos duas cidades, Uppsala e Mälmo, com ataques contra alvos dispersos pelo arremesso de granadas. As autoridades suspeitam que os ataques têm alguma relação com a presença dos imigrantes, podendo ir desde protestos contra eles até disputas de grupos ligados ao narcotráfico. Durante o fim de semana, a Itália anunciou ter recolhido, com ajuda de barcos britânicos, irlandeses e noruegueses, 4400 imigrantes do Mediterrâneo. Na segunda feira a chanceler Angela Merkel se reúne com o presidente François Hollande em Paris para debater o tema dos imigrantes.

Os “heróis do trem Amsterdan – Paris”

Na segunda-feira pela manhã o presidente François Hollande condecorou com a Legião de Honra os três norte-americanos e o cidadão britânico que detiveram o marroquino Ayoubb Khazzani, de 26 anos, quando este atirava contra passageiros no trem Amsterdam – Paris. Um cidadão francês foi ferido antes, ao tentar deter o atacante. O episódio mostrou a fragilidade dos sistemas de segurança do serviço de trens na Europa, que não dispõem dos mesmos dispositivos dos aeroportos. No continente circulam 40 milhões de passageiros diariamente, em 100 mil trens. Só na França há mais de 3000 estações de trem.

ISIS em Palmira

Depois de assassinar o curador da cidade de Palmira na Sîria, Khaled al-Assaad, de 82 anos, por este ter-se recusado a revelar onde estão escondidos tesouros arqueológicos da cidade, o Estado Islâmico explodiu um templo de 2000 anos de idade. Ao mesmo tempo um arqueólogo britânico denunciou haver encontrado peças de Palmira em lojas de antiguidades em Londres, compradas do Estado Islâmico, e pediu providencias das autoridades para coibir o tráfico e a venda destes objetos.

Embaixada britânica em Teerã

Foi reaberta a Embaixada Britânica em Teerã, fechada desde sua depredação em 2011. A cerimônia foi presidida pelo Secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, Philip Hammond, que se reuniu depois com o Ministro de Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif. O Secretário deve ainda se reunir com o presidente iraniano Hassan Rouhani. As relações entre os dois países têm um longo contencioso. Ao contrário dos Estados Unidos, o governo britânico não reconheceu até hoje sua participação no golpe de estado que derrubou o governo nacionalista de Mohammad Mossadegh no país, em 1953. Hammond declarou que seu governo não pretende remexer o passado.

Coreia do Norte e Coreia do Sul

A tensão volta a subir entre as duas Coreias que, legalmente, continuam em guerra, vivendo sob um armistício provisório. Hove troca de fogo de artilharia na fronteira entre os dois países, depois que dois soldados sul-coreanos foram feridos pela explosão de uma mina e a Coreia do Sul intensificou suas mensagens por alto-falantes para o outro lado.

Parada na China

Em meio à crise financeira, a China realiza nesta semana uma grande parada militar em comemoração aos 70 anos do fim da Segunda Guerra Mundial. A novidade é o comparecimento à cerimônia do primeiro-ministro japonês, Abre Shinzo.