Grupo petroleiro francês Total, acusado de corrupção, tráfico de influência e de impactos ambientais, tem aval do presidente da Petrobrás para perfurar o Brasil em busca de petróleo, numa corrida desenfreada por lucro a qualquer custo.
Em março deste ano, Pedro Parente, atual presidente da Petrobrás, e Patrick Pouyanné, presidente da Total, assinaram uma parceria estratégica de 2,2 bilhões de dólares. Eles estão juntos em 19 projetos de exploração e produção de petróleo no Brasil.
Segundo informações divulgadas em veículos de comunicação internacionais, os operários da Total subornam funcionários em países produtores de petróleo para conquistar projetos financiados pelo governo. A empresa já foi condenada em diversos países.
Além disso, o maior escândalo mundial atual de corrupção, no ramo petrolífero, tem envolvimento da Total como um dos personagens principais, que envolveu subornos pagos a elementos do governo e ministros do Iraque, Irã ou Cazaquistão, em nome de grandes multinacionais para que estas ganhassem contratos nesses países.
O esquema do maior escândalo
A Unaoil, uma empresa constituída nas Ilhas Virgens Britânicas pela família Ahsani e sediada no Mónaco, atuava como uma espécie de consultora ou intermediária a quem as empresas, principalmente as ocidentais, recorriam para ajudar a fazer negócios no Médio Oriente, África ou Ásia, ou seja, países onde há uma forte indústria petrolífera. Parte do dinheiro recebido pela Unaoil guardava para si, pela prestação dos seus serviços, e o resto usava para subornar os membros dos governos, muitos deles ministros, para garantir que os contratos fossem ganhos. Os funcionários corruptos montavam um comitê por onde vazavam informações privilegiadas.
Além disso, a empresa também podia garantir que um contrato fosse concedido sem concurso. O esquema só era possível, porque o principal contato francês da Unaoil era uma famosa figura da indústria do petróleo, com acesso a comitês de propostas dentro do gigante francês Total. Como a Eni, uma multinacional petrolífera com sede em Roma. A Total foi contratada pelos governos nacionais para gerenciar seus campos petrolíferos, e os contatos dela permitiram que informações confidenciais vazassem e influenciasse as propostas em a favor de Unaoil em países como o Irã. Mesmo assim, Parente insiste em fechar parceria bilionária e entregar campos valiosíssimos de petróleo nas mãos da empresa mais corrupta do mundo, a Total.
Outros escândalos
Nos Estados Unidos a TOTAL subscreveu ACORDO DE LENIÊNCIA (acordo celebrado entre a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) – que atua em nome da União – e pessoas físicas ou jurídicas autoras de infração contra a ordem econômica), reconhecendo a prática de CRIMES DE CORRUPÇÃO por seus executivos pagando multas que somam 398,5 milhões de dólares.
A JUSTIÇA ITALIANA também decretou a PRISÃO DE EXECUTIVOS DA TOTAL e políticos italianos, no final de 2008, envolvidos em CORRUPÇÃO na aquisição do campo de Petróleo de Basilicata, o maior campo terrestre de petróleo da Europa.
A subsidiária italiana da Total estava sob investigação por suposta corrupção de políticos locais, que garantiram bens a preços abaixo do valor de mercado na concessão.
Recentemente, a Total também foi condenada pela JUSTIÇA FRANCESA pela CORRUPÇÃO DE FUNCIONÁRIOS do governo de Saddam Hussein, no IRAQUE. A empresa foi multada em 825 mil dólares, no ano passado e acusada de corromper funcionários estrangeiros, envolvidos no programa Petróleo por Alimentos (Oil-for-Food), da ONU, no Iraque.
Há quatro anos, a Total concordou em pagar uma multa de 245.2 milhões de dólares para diminuir as acusações relacionadas a violações da Lei de Práticas de Corrupção no Exterior (FCPA). Na nota oficial da Divisão Criminal do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a gigante francesa efetuou pagamentos ilegais através de terceiros a um funcionário do governo, no Irã, para obter valiosa concessão de exploração de petróleo e gás. Agora, parece que a história se repete no Brasil.
Na época, o Departamento de Justiça dos EUA entrou com uma ação criminal no Tribunal de Primeira Instância americano, em que acusa a Total de conspiração para violar as disposições antissuborno da FCPA, além de uma acusação de violação das disposições da FCPA sobre registros contábeis.
Assim, Pedro Parente faz PARCERIA com uma empresa que executa planos absurdos de explorar petróleo com atuação corrupta, a fim de adquirir campos e reservas de petróleo por preço VIL. Total, fique longe do Brasil!
Parente não é confiável
Além da inconfiabilidade sobre a empresa francesa, não podemos esquecer que Parente também não é nada confiável. A reputação do atual presidente da Petrobrás é amplamente documentada em escândalos.
No mínimo, podemos pensar que é um profissional com grande experiência em liquidar capital de empresas geradoras de emprego. Mas, Parente sabe muito bem disso, só tem amnésia interessada.
Assim que foi nomeado por Michel Temer ao cargo de presidente da Petrobrás, em maio de 2016, Parente anunciou que a companhia iria cumprir metas estabelecidas com redução de custos operacionais. Em bom português, isso significa desmontar a empresa custe o que custar.
Na realidade, a proposta do atual do presidente é acabar com um dos instrumentos de autonomia do país e propõe um atraso na economia, transformando-nos em meros entregadores de óleo bruto e deixando que todos os efeitos positivos da cadeia produtiva do setor de petróleo e gás vazem para as sedes dos conglomerados transnacionais.
Neste contexto, o Jurídico da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) vem denunciando que no Plano de Desinvestimento de Parente existe a intensão clara de beneficiar empresas estrangeiras escolhidas a dedo pelo atual gestor. Atualmente, de acordo com o Jurídico, ficou absolutamente claro que a intenção de beneficiar o capital internacional supera a própria vontade de fazer caixa. Portanto, vamos exigir que Pedro Parente abandone está ideia.
FONTE: FNP