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AEPET Notícias 359

A AEPET DEBATE COM A PETROBRÁS SOBRE A PREOCUPANTE DEFASAGEM SALARIAL DOS PETROLEIROS

A AEPET vem discutindo com a Petrobrás a resolução sobre as defasagens salariais dos petroleiros. A Estatal já paga menos que outras empresas públicas. Como concorrer com as multinacionais do setor petrolífero, que, com o advento do Pré-Sal, estão disputando, a ‘peso de ouro’, os técnicos da Petrobrás? Não podemos permitir a fragilização do Sistema Petrobrás, a precarização do Plano Petros e a evasão de técnicos da Companhia. A Nação não poderá prescindir, também, de uma nova Lei do Petróleo que garanta soberania sobre o seu petróleo (óleo e gás).

Como imaginar que umas das mais estratégicas, senão a mais estratégica empresa estatal brasileira e uma das maiores petroleiras do mundo, a Petrobrás, que descobriu a riquíssima área do Pré-Sal, permita a defasagem salarial de seus técnicos – cérebros tecnológicos fundamentais na construção da Estatal, nas vitoriosas pesquisas, nas grandes descobertas e para o futuro da Empresa, bem como para que o Brasil resolva suas defasagens sociais e promova o desenvolvimento nacional, com soberania?

Têm sido crescentes as mensagens de petroleiros à AEPET, pedindo que esta interceda junto à direção da estatal no sentido de solucionar a já preocupante defasagem salarial no Sistema Petrobrás. Só para citar um exemplo recente: no dia 29/04/09 um petroleiro, leitor do boletim eletrônico ‘AEPET DIRETO’, enviou comentário (ou desabafo), que deve ser levado muito a sério pelos nossos administradores: ‘A insatisfação na Petrobrás é coletiva, porém velada. Os baixos salários trazem grandes problemas aos petroleiros e às suas famílias. Engenheiros com anos de serviço (e até com mestrado) ganhando menos que um especialista de Agência Reguladora, cujo salário inicial é de R$ 10.000,00. O desejo da maioria dos colegas é ir para o BNDES ou para as carreiras de fiscalização. Grande ilusão a Petrobrás’. Tal desabafo vem somar-se a tantos outros. É preciso que recuperemos a confiança no Sistema Petrobrás, sobretudo num momento histórico decisivo como a descoberta do Pré-Sal.

Para encontrar respostas às ponderações acima, entre outras tantas de grande importância, a AEPET vem debatendo com a Petrobrás, por meio de ofícios. Com o objetivo de compartilhar os conteúdos desses diálogos, reproduzimos a seguir as íntegras dos ofícios da AEPET e da Petrobrás. Por meio do ofício ‘AEPET 002/09’ (03/02/2009), a AEPET faz sua contraposição à ‘Carta-resposta RH/RB 027/08’, da Petrobrás, que por sua vez respondeu aos ofícios ‘AEPET 021/08’ (27/11/2008) e ‘AEPET 013/08’ (01/10/2008).

‘A carta em referência, de resposta às nossas preocupações com a política de Remuneração da Petrobrás, explicita uma visão otimista da política de RH da Companhia com a qual não podemos concordar’, avaliou a AEPET [ofício AEPET 002/09] em relação à última Carta-resposta da Petrobrás [RH/RB 027/08].

Ainda no referido ofício, a AEPET reivindicou: ‘Gostaríamos de ter acesso às fontes de informações e aos critérios de pesquisa de mercado salarial citados pela gerência de RH. O que temos visto nos concursos públicos abertos são salários iniciais muito maiores do que os da Perobrás. Exemplos: IPEA R$ 11.900,00, Bacen – 11.000,00; CVM 11.000,00; SUSEP – R$ 12.000,00; Fazenda – R$ 13.000,00. A Associação dos funcionários do BNDES – AF BNDES – está solicitando uma elevação do salário inicial daquele banco para não perder funcionários. O salário inicial deles é R$ 7.000,00. Enquanto isto, o salário inicial da Petrobrás é de 4.871,00 bruto (antes do aumento). Se os órgãos públicos pagam mais do dobro do que paga a Petrobrás, como concorrer com as empresas privadas, mormente as multinacionais?’.


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