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Ativistas promovem o 1º Encontro Nacional dos Petroleiros

Data da publicação: 16/02/2017

No último domingo (12), ativistas sindicais, entre outros, realizaram o 1º Encontro Nacional dos Petroleiros (Enapetro), no Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista. É um evento no âmbito da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Conforme foi noticiado anteriormente, as lideranças de petroleiros, após assinatura do Acordo Coletivo de Trabalho 2015/2016, prometem intensificar a luta contra as vendas de ativos da Petrobrás. O dirigente do Sindipetro-LP Adaelson Costa disse que o 1º Enapetro serviu para unir as entidades de trabalhadores petroleiros em prol da defesa dos interesses estratégicos do Brasil e os direitos dos trabalhadores. “Nós agora temos que estar de mãos dadas, não só para defender os ativos da Petrobrás e dos direitos dos trabalhadores, mas defender a soberania deste país”, afirmou e sublinhou que a soberania do Brasil está sendo atacada.

Desde o segundo semestre de 2016, os sindicatos de petroleiros filiados à Federação única dos Petroleiros (FUP) e à Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) fizeram diversas atividades, em todo o país, especialmente nas cidades onde têm instalações da Petrobrás.

Venda de Ativos da Petrobrás

Passadas as negociações do ACT, as lideranças sindicais prometem intensificar uma campanha nacional em defesa do Sistema Petrobrás, contra a venda de ativos e a flexibilização do pré-sal, com a retirada da exclusividade de exploração pela Petrobrás.

A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) tem apresentado diversas críticas sobre a venda de ativos da Petrobrás e a flexibilização do pré-sal. O presidente da entidade, o engenheiro Felipe Coutinho, disse, em agosto de 2016, que “não é razoável liquidar ativos e privatizar o patrimônio da Petrobrás a preços de saldo”.

Ele defende as seguintes teses: “(1) garantir os investimentos requeridos para o desenvolvimento e a segurança energética nacional, (2) lidar com o endividamento na condição macroeconômica atual e (3) preservar o patrimônio, a integração corporativa e o mercado da Petrobrás”.

Em 8/2, a Aepet criticou a venda da totalidade da participação da Petrobrás Biocombustíveis S.A. (PBIO), subsidiária Petrobrás, na usina Guarani ao grupo Tereos Participations SAS, controlador da Açúcar Guarani.

A operação custou aos cofres da Tereos US$ 202,75 milhões. Tal venda, segundo sublinhou a Petrobrás, faz parte do programa de desinvestimentos, que objetiva reunir US$ 13,6 bilhões no biênio 2015-2016. A empresa visa tornar superavitário o seu caixa.

A AEPET disse que os dados publicados dos balanços da PBIO e Tereos Internacional, entre 2011 e 2016, mostram “clara e irrefutavelmente que a venda da Guarani S.A. resultou um prejuízo imediato de R$ 1,887 bilhão (U$ 702,15 milhões)”.

A AEPET critica, ainda, a realização de venda de ativos sem processo licitatório. Disse que em 07/12/2016, o Tribunal de Contas da União (TCU) paralisou a venda de ativos da estatal sem processo licitatório. “Entretanto, se omite de intervir nas operações em estado avançado de negociação, entre elas a venda da participação na Guarani”.

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