Saída do RH da Petrobrás é certa. Mudança na política de RH, não
Tudo leva a crer que os boatos a respeito da saída do atual Gerente Executivo de RH da Petrobrás não são somente boatos. A Diretoria da AEPET tem repetidas vezes formalizado cartas e mensagens à Presidência da Petrobrás sobre o desastre que tem sido a sua política de Recursos Humanos. A saída do Gerente Executivo abre boas possibilidades para vermos nossos pleitos atendidos.
Entre os diversos aspectos já encaminhados pela AEPET, podemos destacar a gestão desumana que está sendo implementada na AMS, considerada como custo – e não investimento – pelos atuais gestores do RH da companhia. Vale destacar diversos atendimentos e exames que são negados a trabalhadores da ativa, aposentados e dependentes, cuja autorização depende da chamada EXCEPCIONALIDADE, verdadeira excrescência que faz supor a existência de duas AMS diferentes, uma para a maioria e outra para os que têm acesso facilitado.
Outro desastre para o corpo técnico da companhia foi a implementação do PCAC. O atual PCAC foi defendido pela Federação Única dos Petroleiros e rejeitado pelos Sindicatos ligados à Federação Nacional dos Petroleiros.
Nesta polêmica, a Federação Chapa Branca fez aprovar entre os trabalhadores as famigeradas duas tabelas, o que congela o salário de aposentados e pensionistas, ao mesmo tempo em que torna o Plano de Carreira uma ascensão improvável aos trabalhadores da companhia. Parte deste desatino foi a chamada “aceleração de carreiras” concedida aos jovens empregados da companhia. Ressalve-se que esta aceleração de carreiras só foi implementada após severas críticas da AEPET e diversas reuniões que fizemos junto à Gerência de RH expondo as mazelas do PCAC.
Contraditoriamente, ao acelerar a carreira de jovens funcionários, o RH criou insatisfações em todos os demais níveis e grupamentos de trabalhadores.
Um dos principais símbolos da atual gestão de Recursos Humanos da companhia tem sido a prática de assédio moral. Apesar de inúmeras denúncias feitas pela AEPET e por diversos sindicatos petroleiros, o fato é que a Petrobrás continua sem uma política clara para combater tais práticas nefastas no ambiente de trabalho.
Outra questão fundamental para ser considerada é o peso que a Remuneração Variável tem sobre o salário do corpo técnico da companhia, bem como a implantação da famigerada RMNR que, apesar de vir para corrigir distorções, conseguiu criar muitas outras, gerando ainda mais insatisfação entre o corpo técnico.
De quebra, o atual Gerente de RH é também o Presidente do Conselho Deliberativo da Petros e um dos principais responsáveis da precarização de direitos dos trabalhadores petroleiros que são participantes da Petros. Fez parte da equipe que formulou, propôs e implementou o fechamento ilegal do Plano Petros do Sistema Petrobrás aos novos funcionários da companhia.
Implantou um plano de benefícios inferior – de tipo Contribuição Variável – aos novos funcionários, o Plano Petros 2. Aos participantes antigos, ofereceu a famigerada repactuação, que precariza benefícios, cujo desfecho poderá ser a famigerada Separação de Massas do Plano Petros, ilegalidade que, esperamos, não seja aprovada pelo órgão fiscalizador, a PREVIC. Em resumo, sua gestão na Petros só é comparável ao desastre de sua gestão no RH da companhia.
A saída do atual titular da Gerência Executiva de RH da Petrobrás obedecerá a um anseio crescente entre o corpo técnico da companhia. No entanto, alertamos à Presidência que dispensar o guardião, mas mantendo a mesma política de Recursos Humanos será frustrar mais uma vez todo o corpo técnico da companhia. Há que se estabelecer novos parâmetros para a Política de Recursos Humanos da Petrobrás. Se não, o que veremos será somente uma troca da guarda, nada mais. (Diretoria da AEPET).
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