O presidente do Senado, Renan Calheiros, extinguiu a comissão especial para análise do PLS 131, do senador José Serra, impedindo uma discussão ampla do projeto. Isto depois de, contrariando a indicação dos partidos, ter colocado dez senadores entreguistas contra apenas quatro nacionalistas na mesma. Pela indicação dos partidos, a relação era de oito nacionalistas contra seis entreguistas.
O projeto do tucano José Serra, praticamente anula os avanços da lei de partilha, permitindo a entrega do pré-sal para o cartel internacional do petróleo. Um dos avanços é a Petrobrás ser a operadora única e ter no mínimo 30% de participação nos empreendimentos. Mesmo a Petrobrás sendo fundamental na descoberta do pré-sal, a lei de partilha só obriga que ela tenha um mínimo de 30%. Ou seja, 70% ficam abertos à participação estrangeira. Mas os entreguistas querem disponibilizar tudo.
A ANP, que é comandada por um partido outrora nacionalista, o PCdoB, se transformou numa entidade em defesa dos leilões e do cartel do petróleo; o governo Dilma, em 2013, entregou 60% do maior campo do mundo já descoberto – o campo de Libra – ao cartel internacional do petróleo, infringindo pelo menos três artigos da legislação vigente.
Por que isto acontece? Sabemos que as empresas integrantes do cartel internacional do petróleo são as mais corruptas e corruptoras do mundo, sendo useiras e vezeiras em depor, assassinar e corromper governos. Será que fazem isso no Brasil? Se tivermos uma operação Lava Jato internacional, com quebra de sigilos telefônicos e bancários, provavelmente serão detectados verdadeiros filões de propina, pois fica difícil entender que alguns brasileiros sejam tão antinacionalistas como temos visto ultimamente.