Em seu primeiro dia, a Rio Oil & Gás foi palco de pesados ataques do setor privado – nacional e estrangeiro – às regras do setor, afirmando que o marco regulatório irá levar à perda de competitividade. Os executivos das principais petroleiras pedem mudanças nas exigências de conteúdo nacional e no direito da Petrobrás como operador único do pré-sal.
Para acalmar os empresários, a diretora geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP) anunciou a 13ª rodada de licitações para o primeiro semestre de 2015 com foco na margem leste brasileira, do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, mas sem incluir áreas do pré-sal.
Um dos coordenadores-gerais da candidata Marina Silva, Walter Feldman, disse que a Petrobrás esta sobrecarregada e que, segundo fontes de dentro da empresa, o atual modelo de partilha não tem sido bom para a empresa. Segundo ele, não há a intenção de mudar a lei, mas após uma avaliação da situação da Petrobrás, pode ser retomado o modelo de concessão de blocos para a iniciativa privada.
Por outro lado, A CUT e a FUP promoveram um ato para defender a Petrobrás e o pré-sal, que contou com a presença do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva. Lula, que vestia a camisa laranja, marca do uniforme da empresa, disse que os milhares e milhares de trabalhadores da Petrobrás não podem ser confundidos com alguém que cometeu erros.
O presidente da AEPET, Silvio Sinedino, lamenta a utilização eleitoral da Petrobrás. Segundo ele, “defendem Petrobrás só em época eleitoral? Onde estavam esses políticos ano passado, quando leiloaram Libra? E já temos mais dois leilões marcados. Enquanto isso, a outra candidata, Marina Silva, também afirmou que irá manter os leilões”, criticou Sinedino.