Periódico

AEPET Notícias 397

Data da publicação: 01/03/2013

Intensificação da Luta por Aumento Real de $alários

A mudança do Gerente Executivo de Recursos Humanos não trouxe alteração da prática adotada anteriormente na companhia, como era esperado pela AEPET (vide AEPET Notícias 396 de Fevereiro/2013, matéria “RH longe de mudanças”).

Ao contrário, o projeto que está sendo implantado foi aprofundado com a adoção da chamada “A Estratégia de RH da Petrobrás entre 2011 e 2015”. O debate do PCAC com a chamada aceleração de carreira dos novos colocou todo o corpo técnico em questionamento direto ao que está sendo praticado pelo RH da Petrobrás.

PLR rebaixada – Com a contabilidade “suicida” da atual gestão da Petrobrás, um efeito previsível poderá acontecer na renda anual do corpo técnico da companhia. A PLR, que compõe parte significativa dos rendimentos dos petroleiros poderá sofrer uma drástica redução.

Este “fenômeno” não ocorrerá por que os petroleiros trabalharão menos que em anos anteriores. Nem porque a eficiência de seus processos produtivos tenha diminuído. Nem por que suas metas de produção tenham deixado de ser atingidas. Nada disso. O corpo técnico da Petrobrás poderá vir a receber menos por que os gestores da Petrobrás decidiram pela redução contábil do lucro no ano passado. Uma decisão da gestão que penalizará todo o corpo técnico.

Como o RH da Petrobrás pratica a chamada “Remuneração Variável”, muitos trabalhadores contam com a PLR para composição de seus rendimentos anuais. Esta fatia pode ser de até 30% da renda anual.

A participação nos Lucros e Resultados, repetimos, representa, para uma boa parte do corpo técnico da companhia uma fatia significativa dos seus vencimentos.

A política de RH da Petrobrás, uma das responsáveis pelas dificuldades porque passa hoje a empresa, instituiu a PLR, os bonus, os níveis como artifício para driblar o artigo 41 da Petros que vincula o aumento dos benefícios ao salário do pessoal da ativa. Com isto se achatou os salários de tal forma, que o salário inicial da Petrobrás passou a ser menos da metade do salário das grandes estatais.

Vendedores de Enciclopédia – A despeito dos avanços da legislação trabalhista em todo o mundo, com o fenômeno da “Remuneração Variável” os trabalhadores passam a ver o resultado da venda de sua força de trabalho a depender do lucro e do resultado da empresa.

Como os trabalhadores não controlam esta gestão de resultados e lucros, seus rendimentos podem variar fortemente. A pergunta é: se a empresa der prejuízo, teremos que pagar para trabalhar? Em pleno século XXI, petroleiros da maior empresa do Brasil e uma das maiores do mundo são tratados como vendedores de enciclopédia. Se vender tem remuneração. Se não vender, não tem.

Luta por melhores salários – Se a remuneração variável é controlada pelos gestores da companhia, é preciso estabelecer pressões políticas para que esta seja mantida em patamares condizentes. Esta é uma ação sindical, que deve ser encaminhada pelos sindicatos com mobilizações unificadas em todo o país. A AEPET é solidária com os trabalhadores e incentiva todos a participar destas ações unificadas.

Entretanto, a batalha pela “PLR Máxima e Igual pra todos” é apenas uma pequena parte desta luta. A verdadeira luta está localizada na remuneração fixa. Especificamente na questão da valorização do salário básico de todos os petroleiros. Desde o salário de entrada na companhia, até o chamado “topo de carreira”, a AEPET passará a desenvolver uma campanha sistemática para que a companhia valorize seu corpo técnico com uma prática salarial condizente com o lugar que a Petrobrás ocupa no cenário nacional e internacional.

Não estamos falando da RENDA GLOBAL, nem dos rendimentos anuais. Estaremos buscando estabelecer um patamar superior para os chamados “Salários Básicos” de todo o corpo técnico. Pelo menos ao nível das 5 maiores estatais brasileiras.


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LEIA O JORNAL NA ÍNTEGRA BAIXANDO O ANEXO.


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